Uma curtida, uma reação, ou um comentário em um post no LinkedIn, Instagram, Facebook, TikTok, um bate-papo no cafezinho do estágio, aquela troca de contatos e de perfis de redes sociais com pessoas que você conhece em algum evento, seja ele profissional ou social... às vezes, você não percebe, mas uma boa parte das suas atividades do dia a dia está dentro do que é conhecido como um grande farol no mercado de trabalho do século XXI: o networking.
Ok, mas, afinal o que é networking?
Networking é uma palavra de origem inglesa que significa a capacidade de criar contatos com outras pessoas, seja para interesses profissionais ou pessoais. As maiores redes sociais sabem muito bem disso, e quando você vai seguir alguém, no perfil da pessoa há as informações de seguidores em comum. E após seguir, os algoritmos mostram perfis semelhantes para que assim você siga aumentando a rede de contatos. Isso é muito presente no LinkedIn, a maior rede social de perfil profissional do mundo.
E como fazer o networking no dia a dia?
Fomos em busca dessa e de outras respostas com Nicole Lins, estudante do último semestre de Administração Pública na Escola de Administração de Empresas de São Paulo, a FGV EAESP. Aos 22 anos, Nicole conta como o networking impulsionou a sua jornada acadêmica e profissional. Na entrevista a seguir, ela deu dicas de como criar uma rede de contatos valiosa e conta como o networking na FGV EAESP a levou a participar de um projeto na Bahia que foi destaque em uma conferência internacional.
Como o networking está impactando na sua jornada acadêmica?
É no encontro com o outro que a vida faz sentido. Networking para mim é muito sobre isso e tem me impactado desde que entrei na Fundação. Antes de ingressar, já conhecia alunos por ter feito Cursinho FGV e, por isso, assim que entrei já tinha conhecidos para me auxiliarem. Entrei em diferentes núcleos e busquei conhecer pessoas desde o primeiro semestre, pois como o meu curso é integral, passávamos o dia entre aulas, eventos, almoços e até jantas. Sempre pude contar com meus veteranos e quando me tornei uma, fiz amizades e busquei ajudar os que entravam. Você tem muitos acessos a partir de contatos e uma das maiores qualidades da GV é promover essas oportunidades de encontro.
Por meio da graduação na FGV EAESP, é possível ter contato com alunos de outras culturas e do país e do mundo. Como você vê essa possibilidade?
A partir do momento que você busca explorar isso, é importante e necessário para desenvolvimento próprio que você busque conhecer pessoas diferentes de você, não ficando sempre com os que vieram da mesma escola/cursinho. As entidades auxiliam muito, principalmente entidades que têm contato direto com outras pessoas. No meu exemplo, fazendo Cursinho FGV e tendo contato com mais de 100 alunos/professores, pude conhecer muitas pessoas diferentes. Também participei do programa Buddy, em que você auxilia um intercambista durante sua estadia no Brasil. Fui buddy de um francês e estive em contato com muitos dos seus amigos, também estrangeiros. Centros de pesquisa também te dão oportunidade de contato com mestrandos, doutorandos e até pessoas de fora da Fundação, aumentando as possibilidades de conhecer pessoas de outras regiões. Faço um parêntese também sobre a mesma questão para minorias, em que, sendo bolsista e/ou pessoa negra, é importante ter sua rede o mais próxima possível, que inevitavelmente será composta por um público diverso e te auxiliará muito ao longo do caminho.
Como o networking na universidade pode impactar na sua jornada profissional?
Acredito que impacta 100%. Muito provavelmente você vai trabalhar com pessoas que estudou ao longo da vida. Seu nível de comprometimento com os trabalhos, a forma como você se comunica, no que você engaja na faculdade, tudo isso são coisas que são lembradas pelas pessoas. Voltando para o lado pessoal, já pude indicar três colegas para atuarem em diferentes projetos que trabalhei, e no meu trabalho atual, tenho contato direto com pessoas que conheci de entidades. Muitas das minhas experiências, pessoas de altos cargos tinham sido alunos da FGV, tornando um assunto em comum com pessoas conhecidas em comum, o que facilitava nossa aproximação.
Para quem vai entrar na graduação, você poderia indicar três dicas para construir um bom networking?
- No meu primeiro semestre de graduação, um professor de comunicação me explicou o conceito de laços frágeis, algo que levei para a vida. Não necessariamente você precisa ser o melhor amigo de todas as pessoas, mas que um grande número saiba seu nome, o que você faz (no que você é bom) e que seja tranquilo conversar com você.
- Vá em eventos promovidos pela Fundação, os que mais te interessam e os que convidam pessoas que também têm boas redes de contatos. Ao final, converse com elas, tente um meio de contato (LinkedIn) e, se fizer sentido, vale a pena marcar um bate-papo. As pessoas que são convidadas esperam poder ter essa troca e é um retorno muito significativo para os alunos.
- Envolva-se em diferentes grupos. Seja por entidades, por coletivos, pelos centros e etc, tem muita oportunidade para conhecer pessoas. Nesse meio, ao contrário do que muitos acham, acredito que não se dispensa o social, como festas, jogos e bar com amigos, fazendo com que você possa conhecer muita gente e indo além do lazer, oportunidades também surgem na mesa de bar.
Você poderia nos contar uma história que tenha acontecido por meio do networking na FGV EAESP?
Muita coisa já me aconteceu pelo networking, mas uma história bacana é de quando, a partir do contato com uma mestranda que conheci pelo coletivo negro, fui convidada para participar de uma pesquisa (Conexão Local). Não conhecia as pesquisadoras, mas estudamos, viajamos para a Bahia em prol da pesquisa e apresentamos ao fim um relatório. Tal estudo chegou a ser discutido em uma conferência internacional, na Colômbia, sendo minha primeira experiência em uma conferência. Me deu muita bagagem para entender o meio acadêmico e somos amigas até hoje.
E aí, vamos impulsionar o networking? Venha conhecer os cursos que a FGV desenhou para você!