Mochila nas costas, calçados confortáveis e muita preparação porque, nesta aventura, a sala de aula é o Monte Everest! A experiência única de realizar o trekking até o Acampamento Base do Everest marcou a trajetória dos alunos de Administração Pública da FGV EPPG. O grupo do 4º ano da graduação, que já passou por outras expedições, embarcou para o Nepal como atividade da disciplina Liderança para a Mudança.
Antes de continuarmos, você sabe o que é trekking?
É uma atividade de caminhada de longa duração cheia de desafios. Geralmente, é feita em terrenos que demandam mais esforço e atenção, como em locais montanhosos, e pode durar dias ou semanas. Por isso, a preparação psicológica e física é muito importante.
Na Cordilheira do Himalaia, o trekking é uma forma popular de exploração, principalmente até o Acampamento Base do Everest, que fica a mais de 5 mil metros de altitude. A caminhada é uma das mais famosas do mundo e não consiste em escalar o cume da montanha, mas sim percorrer trilhas, passando por vilarejos nepaleses, vales profundos e pontes suspensas até o acampamento base – o ponto mais alto para a atividade.
Liderança para a Mudança
A expedição faz parte da disciplina Liderança para a Mudança que busca solidificar a Formação Integral Global dos graduandos da FGV EPPG. A Escola, que fica em Brasília, desenvolveu um programa de tempo integral, com atividades de campo que levam os alunos a enfrentarem desafios em diferentes continentes.
“No primeiro ano, os futuros líderes são confrontados física e intelectualmente com as várias dimensões da realidade do Distrito Federal, ampliando, com o passar dos anos, para as várias regiões do Brasil, para a América Latina e, finalmente, para outro continente. Ano passado, o 4º ano foi à Europa e realizou parte do Caminho de Santiago de Compostela (320 km, em 13 dias, de León a Santiago de Compostela). Em 2024, o continente selecionado foi a Ásia, por isso a realização do trekking ao Everest Base Camp”, explica o professor Georges Kanaan, instrutor principal da disciplina LPM.
Os oito alunos participantes já iniciaram a graduação com uma passagem pela Chapada dos Veadeiros, interagindo com as riquezas e os potenciais econômicos e ambientais do cerrado brasileiro.
No segundo ano, os estudantes realizaram um estágio de 54 horas ininterruptas na selva amazônica no qual puderam aprender 20 tipos de habilidades necessárias para sobreviver nesse tipo de ambiente, e ainda visitaram a fronteira com a Venezuela e conheceram a Operação Acolhida – que dá assistência a pessoas em vulnerabilidade em decorrência de fluxo migratórios. A iniciativa reúne mais de uma centena de organizações nacionais e internacionais que trabalham em sincronia com as Forças Armadas.
No terceiro ano, fizeram uma expedição ao Peru, com um trekking de mais de 80 km de Cusco a Machu Picchu, pela trilha Salkantay, a 4.600 m de altitude. Nessa jornada, puderam interagir com populações dos pequenos povoados do país e observar ruínas incas e a diversidade ecológica da região.
Uma super experiência, não é?
A disciplina Liderança para a Mudança (LPM) visa desenvolver habilidades essenciais para a formação de líderes globais. Durante os quatro anos de graduação, os alunos são imersos em atividades práticas e desafiadoras que estimulam o desenvolvimento de competências como liderança, cooperação, resiliência, responsabilidade e adaptabilidade.
Uma vivência intensa que conecta teoria e prática, preparando os estudantes para enfrentarem diferentes realidades e liderar mudanças em diversos contextos, tanto profissionais quanto pessoais.
Preparação
A preparação para expedições como essas, especialmente com tantos desafios como o trekking ao Acampamento Base do Everest, é feita de forma cuidadosa. O processo iniciou no primeiro dia de aula com um teste físico e treinamentos diários desenhados pelo professor Eduardo de Oliveira.
O grupo se preparou com um planejamento minucioso, fortalecendo atributos físicos, emocionais e a capacidade de trabalhar em equipe em ambientes extremos.
Para ter uma noção, nessa experiência, os graduandos enfrentaram o frio intenso, o ar rarefeito e os desafios logísticos, mas sempre focados em aplicar os conceitos de liderança aprendidos.
“As expedições jamais podem ser confundidas com excursões, passeios ou retiros de integração. Todos os seus integrantes estão sempre cumprindo alguma função no grupo. Ali, aprendem a chefiar, a planejar, a organizar, a executar, a sobreviver em ambiente hostil, a apoiar colegas em necessidade, a superar obstáculos aparentemente impossíveis. A excelente preparação física e do material influenciou, diretamente, na superação de desafios, como cansaço, ar rarefeito e temperaturas que chegaram a 15 graus negativos”, compartilha o professor.
Uma parada na King’s College Nepal
Ao saber da expedição, o embaixador do Nepal no Brasil, Nirmal Raj Kafle, fez questão de convidar os professores e estudantes para um almoço na Embaixada. Na ocasião, o diplomata organizou uma videoconferência com Shailee Basnet, uma das principais alpinistas do Nepal que já escalou os picos mais altos do mundo em todos os continentes.
No Nepal, a delegação composta pelo diretor Edson Kondo, professores Georges Kanaan e Eduardo de Oliveira e os estudantes Beatriz, Joicy, Maria de Lourdes, Matheus, Melissa, Thais, Yara e Yasmin foram recepcionados pelo presidente da King’s College, Narottam Aryal, e sua equipe para a realização do Workshop Conjunto sobre o Papel do Letramento Financeiro na Avaliação da Felicidade e Prosperidade no Nepal. A delegação também recebeu produtos típicos produzidos pelos empreendedores graduados pela King’s College.
Passagem do grupo pela King’s College que contou com o apoio do diretor da FGV EPPG, professor Edson Kondo.
O presidente Aryal também se mostrou admirado com o método pedagógico inovador da FGV EPPG centrado na vivência dos estudantes ao redor do mundo, conhecendo in loco seus povos, costumes, valores e desafios enfrentados com o propósito de melhor servir à sociedade e ao mundo.
Rumo ao Acampamento Base do Everest
A viagem começou um pouco tensa devido a atrasos no voo. Apesar das incertezas, os alunos não desistiram e no trajeto até o aeroporto de Lukla foram recompensados com a paisagem decorada com as grandes montanhas da Cordilheira do Himalaia.
É claro que ninguém deseja que contratempos aconteçam, mas muitos são inevitáveis e, é por isso, que o trabalho desenvolvido na disciplina LPM é tão essencial para lidar com esses momentos com sabedoria e encontrar o melhor caminho para seguir.
Passando por temperaturas abaixo de zero, a mais de 5 mil metros de altitude, pontes suspensas e muita neve, esses foram alguns locais que nossos aventureiros tiveram a oportunidade de conhecer:
Lukla > Monjo - Pasang Lhamu foi a primeira mulher nepalesa a chegar ao cume do Monte Everest.
Monjo > Namche Baazar
Namche Baazar > Tengboche
Tengboche > Periche
Aclimatação em Periche - Aclimatação é um processo essencial para ajudar o corpo a se adaptar à altitude elevada e ao ar rarefeito antes de avançar, como realizar pequenas caminhadas pela região.
Periche > Lobuche
Lobuche > Gorak Shep
Objetivo cumprido! Chegada ao Everest Base Camp.
3 horas da manhã: saída para a subida à Montanha Kala Pattar, com seus 5.600 metros de altitude!
Kala Pattar – 5.600 metros de altitude
Periche > Namche Baazar
Namche Baazar > Lukla
Em relatos do Diário de Bordo, os alunos compartilharam outros desafios que enfrentaram, como na infraestrutura das hospedagens. À medida em que o grupo avançava para locais de maior altitude, recursos como banheiros com água quente e pontos de recarga para a bateria dos celulares ficavam cada vez mais escassos. Mas os nossos graduandos já estavam preparados para lidar com situações adversas e tirar o melhor aprendizado delas.
Durante toda a caminhada, os estudantes também realizaram a coleta de dados para a pesquisa junto às populações locais que será concluída após o retorno.
Na bagagem de volta para casa, eles trazem os aprendizados proporcionados pelo contato com uma cultura diferente, o desenvolvimento de novas habilidades, memórias incríveis de uma natureza imponente e a sensação de conquista.
Próximos destinos
O novo desafio dos nossos estudantes será a Expedição Caatinga, em Petrolina, Pernambuco, e a Expedição Pantanal, em Corumbá, Mato Grosso do Sul. Para próximos grupos, a Escola estuda a possibilidade de realizar expedições na África, América do Norte e retornar à Ásia para uma imersão no Japão.
“Num momento em que o mundo se torna cada vez mais virtual, a FGV EPPG entende que os líderes aqui formados precisam estar, mais do que nunca, com os pés firmemente alicerçados no mundo real. Uma liderança para a mudança é aquela que aprende a ter proximidade física e percepção direta das riquezas, dos problemas sociais, dos ecossistemas e das pessoas que vivem em cada um dos mais variados cantos do planeta. O nosso estudante é o líder emergente capaz de transitar no extraordinariamente diverso mundo real, que poucos conhecem a fundo.”
Edson Kenji Kondo – Diretor da FGV EPPG
E você pode conferir os detalhes dessa expedição no Diário de Bordo dos alunos. O conteúdo é parte das atividades da disciplina que busca comunicar a jornada para o público externo. Veja o relato dos nossos estudantes e fotos incríveis no perfil!
Já imaginou participar de aventuras como parte de uma formação de excelência em Administração Pública ou Administração de Empresas? Inscreva-se no processo seletivo para a graduação da FGV EPPG com a nota do Enem, Exames Internacionais ou Olimpíadas do Conhecimento até 03/01/2025, às 18h.