A maior questão que os estudantes enfrentam quando estão se preparando para o vestibular é: qual conteúdo vai cair na prova?
Não dá para adivinhar as questões exatas que você vai precisar resolver, mas existem maneiras de ter uma noção do estilo da prova e ficar mais familiarizado com os temas, como por exemplo estudar as provas antigas de processos seletivos anteriores. Isso com certeza vai te ajudar a identificar os conteúdos que são mais cobrados e a avaliar o seu próprio desempenho.
Mas quando tratamos de uma forma mais objetiva, os editais do Vestibular FGV apresentam o conteúdo adequado que você deve se basear para garantir sua melhor performance. Incluindo os livros que servirão de referência para a prova.
A leitura de livros da literatura brasileira contribui para o desenvolvimento da habilidade de interpretação de texto. As provas de vestibular frequentemente incluem questões que exigem a interpretação de trechos de textos literários. Ao ler obras brasileiras, os estudantes têm a oportunidade de praticar essa habilidade, o que pode ser fundamental para obter bons resultados nas provas.
Outro ponto importante é que a leitura de livros da literatura brasileira amplia o repertório cultural dos estudantes. Ao entrar em contato com diferentes estilos literários e abordagens temáticas, os estudantes expandem seus horizontes e desenvolvem uma visão mais ampla do mundo. Isso pode ser especialmente útil nas provas que costumam exigir conhecimentos sobre diferentes movimentos literários e estilos de escrita.
Quais livros devo ler?
Na preparação para o Vestibular 2024, o edital indica os seguintes livros:
• Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Publicado em 1881, é considerado um marco na literatura brasileira, pois inaugurou o movimento artístico do realismo no Brasil. Trata-se de uma autobiografia de Brás Cubas, narrador-personagem, que nos conta, em 1ª pessoa, a história de sua vida a partir de suas memórias – póstumas, pois é depois de morto que ele relembra aquilo que viveu.
• A hora da estrela, de Clarice Lispector
Último livro escrito por Clarice Lispector, A hora da estrela é também uma despedida. Lançada pouco antes de sua morte em 1977, a obra conta os momentos de criação do escritor Rodrigo S. M. (a própria Clarice) narrando a história de Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, criada por uma tia tirana, que a leva para o Rio de Janeiro, onde trabalha como datilógrafa.
• Torto Arado, de Itamar Vieira Junior
Duas irmãs Bibiana e Belonísia vivem em uma fazenda na Chapada Diamantina na Bahia onde nasceram e vivem com sua família. Um acidente acontece envolvendo uma faca da avó delas quando elas ainda são crianças fazendo com que as duas fiquem muito ligadas ao longo da vida. No desenvolvimento da história várias camadas de um Brasil muito recorrente, mas também muito esquecido são apresentadas por Itamar Vieira Junior.
• Vidas secas, de Graciliano Ramos
Lançado originalmente em 1938, Vidas secas retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinha Vitória, e os dois filhos, que não têm nome, sendo chamados apenas de “filho mais velho” e “filho mais novo”. São também acompanhados pela cachorrinha da família, Baleia, cujo nome é irônico, pois a falta de comida a fez muito magra.
• O bem-amado, de Dias Gomes
O Bem-Amado é uma peça teatral do escritor baiano Dias Gomes. Ela retrata o típico político brasileiro que não mede esforços para atingir seus objetivos. A única promessa que Odorico Paraguaçu (o Grande, o Pacificador, o Bem-Amado) tinha de cumprir junto ao povo era a da inauguração de um cemitério.
• Manifesto antropófago, de Oswald de Andrade
O Manifesto Antropófago ou Antropofágico foi um manifesto literário escrito por Oswald de Andrade, publicado em maio de 1928, que tinha por objetivo repensar a dependência cultural brasileira. O Manifesto foi publicado na primeira edição da Revista de Antropofagia, meio de comunicação responsável pela difusão do movimento antropofágico brasileiro. A linguagem do manifesto é majoritariamente metafórica, contendo fragmentos poéticos bem-humorados e torna-se a fonte teórica principal do movimento.
• As meninas, Lygia Fagundes Telles
São Paulo, 1973, auge da ditadura militar. Num pensionato para moças, as universitárias Lorena, Lia e Ana Clara iniciam a vida adulta num mundo conturbado por rápidas transformações. Lygia Fagundes Telles entrelaça de modo sutil e complexo as trajetórias dessas meninas às voltas com o sexo, as drogas e a repressão política.
• Barroco tropical, de José Eduardo Agualusa
Barroco Tropical é uma fantasia que trata das mazelas da sociedade de Luanda no ano de 2020. Não fala da fome, nem da má rede pública de saúde ou da má qualidade da educação oferecida pelo Estado - um caos já conhecido hoje. O seu objeto de reflexão são as fraquezas humanas, no centro das quais está o Medo, que permite a violência, a corrupção, a traição, os assassinatos e o interesse por assuntos sobrenaturais que fazem esquecer a realidade. A história - dividida entre África, Europa e América - começa quando uma mulher cai do céu diante de duas testemunhas singulares: o escritor Bartolomeu Falcato e sua amante, a famosa cantora Kianda.
As obras indicadas pela bibliografia do vestibular são escolhidas com base em sua relevância cultural e literária. Por isso, estudá-las é uma ótima oportunidade para ampliar o repertório cultural e intelectual do estudante. Além disso, conhecer essas obras pode ajudar a entender melhor a sociedade em que vivemos, já que muitas delas retratam a realidade histórica e social de diferentes épocas.
Para começar a preparação, é importante ter em mente que a leitura deve ser constante e não apenas nos meses que antecedem a prova. Isso porque as obras são muitas e demandam tempo para serem lidas e compreendidas. É importante também fazer anotações e resumos das obras, além de discuti-las com colegas e professores.
E aí, já escolheu qual livro você vai começar a ler hoje mesmo?
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